Mensagens obtidas pela Polícia Federal mostram que uma quadrilha ligada ao PCC sabia de fiscalizações com antecedência e conseguia escapar de ações da ANP e da Receita. O esquema envolvia importação clandestina, adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro em sete etapas bem estruturadas.
O ponto de partida era o Porto de Paranaguá, onde produtos químicos ilegais eram desviados para adulterar combustíveis. A organização adquiriu usinas endividadas no interior paulista, pagou acima do mercado por cana-de-açúcar e movimentou bilhões em distribuidoras e transportadoras próprias.
A fraude atingiu postos de combustíveis em todo o Brasil, com casos de gasolina contendo até 50% de metanol. No topo da engrenagem, fintechs e fundos de investimento na Faria Lima receberam recursos ilícitos, simulando operações legais. Até agora, a Justiça já bloqueou R$ 30 bilhões do grupo.
